Se for pelo SUS, vai depender da Equipe que tiver avaliado, existe uma fila longa e normalmente demora bastante até ser realizada a cirurgia.
Se for Particular, vai depender de conseguir horário de bloco no hospital, normalmente em poucos dias já estará fazendo a cirurgia.
Se for por Convênio, pode demorar algumas semanas, vai depender do tempo que o Convênio vai demorar para liberar a cirurgia, alguns convênios fazem perícia presencial, outros perícia somente dos laudos enviados. Após a perícia liberar, a cirurgia é agendada em poucos dias.
A maioria das equipes cirúrgicas sugere uma dieta liquida de 1-5 dias antes da cirurgia.
O mais importante é não aumentar de peso durante as avaliações. Além disto, vários trabalham mostram que perder até 8% do peso corpóreo, sob orientação, antes da cirurgia facilitam a cirurgia e a recuperação. Grandes emagrecimentos ou dietas muito restritas antes da cirurgia podem geral desidratação e desnutrição e, desta forma, aumentar o risco da cirurgia.
O uso de cintas ou modeladores são mais utilizados quando a cirurgia é realizada pela forma tradicional, por corte, a cirurgia laparoscópica ou por robô geralmente não necessita. Cada Equipe Cirúrgica tem sua rotina. Não existe contraindicação de utilizá-las no pós-operatório.
Da mesma forma que as cintas, a utilização das meias de compressão varia conforme a rotina das Equipes Cirúrgicas. O uso das meias tem o objetivo de auxiliar na prevenção da trombose e embolia.
A bota ou Sistema de Retorno Venoso é na realidade um massageador para as pernas que é colocado para facilitar e auxiliar no retorno do sangue das pernas durante a cirurgia. Desta forma auxilia na prevenção da trombose e embolia.
Sim, na grande maioria dos Serviços de Cirurgia Bariátrica no Brasil se utiliza anticoagulantes. Alguns Serviços iniciam 24h antes da cirurgia e outros na hora da cirurgia. A duração da profilaxia com anticoagulante vai variar conforme o Serviço, e pode durar até 14 dias após a cirurgia.
Trombose é um coágulo que se forma dentro dos vasos sanguíneos e pode gerar obstrução parcial ou total do fluxo de sangue no local onde ele se forma. Embolia é quando este coágulo se desprende do vaso e vai obstruir em outro local. Na cirurgia bariátrica os coágulos se formam na perna ou dentro do abdômen, sendo que a embolia vai ser no pulmão e no fígado, respectivamente.
Os coágulos se formam mais frequentemente em veias com varizes ou quando o fluxo de sangue em determinado local fica prejudicado. Na cirurgia bariátrica, devido peso excessivo do paciente, aliado aos demais fatores predisponentes, e fato do paciente ficar imóvel durante a cirurgia aumenta o risco das tromboses e embolias.
A melhor forma de evitar a trombose e embolia é a mobilização precoce do paciente, estimular a movimentação das pernas e caminhar desde as primeiras horas após a cirurgia. Além disto, o uso de anticoagulantes, meias, bota de retorno venoso e fisioterapia também auxiliam na prevenção.
O tratamento na imensa maioria dos casos é clínico, utilizando anticoagulante.
Todas as cirurgias podem aumentar o risco de se ter uma trombose ou embolia. As cirurgias ortopédicas, ginecológicas e urológicas são as que mais aumentam o risco. Na cirurgia bariátrica o maior risco se deve pelo tipo de paciente que se está operando, o obeso por si só já é o principal fator de risco. Felizmente, com a utilização dos anticoagulantes, mobilização precoce, e demais medidas, as grandes tromboses e embolias são raras, ocorrendo em menos de 1% dos pacientes operados.
Fistula é um vazamento das emendas. Na cirurgia bariátrica o local mais comum de se ter fístula é no estômago operado. Na cirurgia de Sleeve Gástrico a fistula acontece principalmente junto aos grampos. Na cirurgia de Bypass Gástrico a fistula pode ocorrer na linha de grampos ou na anastomose gastrojejunal (união do estômago ao intestino).
A fistula ocorre devido a um grampo defeituoso; uma má oxigenação ( má circulação de sangue) no tecido junto aos grampos; dificuldade na realização da emenda do estômago ao intestino; excesso de vômitos no pós-operatório; erros alimentares grosseiros logo após a cirurgia (comer mais do que a Equipe Médica liberou); desnutrição; pacientes que usam corticóide ou alguma medicação que retarde a cicatrização (quimioterápicos, anti-psoriase, anti-artrite); ou, pacientes que tenham problemas de má cicatrização.
O fato de se ter uma fistula é significa que vai ter que realizar nova cirurgia. O tratamento vai depender de cada caso. A grande maioria das fistulas fecham espontaneamente, basta hidratar, alimentar e controlar o quadro de infecção do paciente que, em alguns dias ela fecha. Quadros mais graves, onde não se consegue o controle do quadro infeccioso pode haver necessidade de realizar nova cirurgia para auxiliar no controle do quadro. Nova cirurgia não garante que a fistula vá ser fechada, o objetivo na maioria dos casos a cirurgia é para ajudar no controle da infecção.
No passado a incidência é bem alta e representava a principal causa de morte após a cirurgia bariátrica. Hoje em dia, com a Cirurgia Videolaparoscópica e Robótica, além da utilização de novas tecnologias de grampeamento, a incidência caiu muito. Hoje o risco de se ter fistula está abaixo de 0,5%.
As 3 principais complicações maiores da cirurgia bariátrica são:
§ Infecção – principalmente secundária a fistulas
§ Embolia Pulmonar – secundária a trombose pernas
§ Sangramento – principal complicação
Levar documentos para realizar a internação. Trazer roupas leves e confortáveis para 1-3 dias, itens de higiene pessoal, evitar trazer itens de valor elevado.
A média de internação é de 1-3 dias. Vai depender da técnica e da equipe médica.
Vária conforme a dificuldade e complexidade do caso. Depende da técnica cirúrgica ou se o paciente já realizou alguma outra cirurgia no abdômen. Normalmente uma cirurgia bariátrica, seja Sleeve ou Bypass, demora em torno de 1-2 horas.
A cirurgia por videolaparoscopia e principalmente a cirurgia por robô, a dor não é algo que chame a atenção. A dor é maior nos primeiros minutos após a cirurgia. Logo que as medicações analgésicas começam a funcionar, a dor fica controlada, e até a alta hospitalar a dor esta completamente controlada e analgésicos leves são o suficiente para evitar qualquer desconforto.
Algumas equipes utilizam o dreno de rotina. O uso do dreno visa monitorar sangramentos e vazamentos, com detecção precoce de qualquer alteração na cirurgia. Como o sangramento e as fistulas cada vez menos ocorrem e com alta hospitalar bem precoce, muitas equipes não utilizam mais a drenagem de rotina.
Nas equipes que colocam o dreno, a maioria retira o mesmo antes da alta hospitalar, muitos poucos cirurgiões tem a rotina de retirar o dreno após 7 dias.
Cada equipe tem uma rotina. A dieta liquida começa desde poucas horas ou até um dia após a cirurgia. Vai aumentando aos poucos, conforme tolerância do paciente.
Não, a maioria das cirurgias mexe nos hormônios que regulam a fome e o apetite, com isto o paciente não sente fome, e a dieta fornecida é o suficiente para mantê-lo por algum tempo.
A nutricionista da Equipe irá orientar todas as dietas, antes da cirurgia, durante a internação e após a alta hospitalar. Cada Equipe tem sua rotina e velocidade de retorno a alimentação sólida.